quinta-feira, 10 de junho de 2010

_

Esconde-se atrás de suas montanhas de preocupações...
Você sabe que assim não estará sendo sensata. Apenas venha comigo e tire suas roupas pesadas, onde eu sei que você esconde em cada bolso um problema novo. Perto do mar sinta o alivio de gritar quando se quer tanto esconder este desejo. Vê que com isso parece mais calma as lágrimas sinceras que lhe cai dos olhos? Parecem pérolas sagradas, parecem livres correndo por seu rosto. Venha, dance comigo! Seu coração que parecia quebrado bate mais rápido quando dançamos ao sol. Seu coração que antes não sabia o que era essa sensação, agora irá abraçar-se a isso, mais e mais.

-


Se você puder me ouvir, ou pelo menos me der um pouco de sua atenção...
Enquanto respiro profundamente me vejo por inteiro. Procuro palavras dentro de mim.
A cerca de uns dias eu achava ser possível ouvir qualquer música, mas agora todas me lembram você...
Eu vejo as coisas em desordem, e acredito que somente alguém possa colocá-las em seu lugar.
É uma infecção, o tempo que passa é tão rápido quanto o virar de uma página de revista.
E tão triste como crianças que jamais saberão como voltar para casa.

Me sinto para baixo, tudo a minha volta é mera distração.
Minha mente está a todo momento guardando o sabor dessa depressão.
Estes meus pés caminham lentos, pisando em cada palavra que eu sonhei em ouvi-la dizer. Fico a apreciar minha dose de café que mistura-se graciosamente ao leite, acompanhado pelas desorganizadas pitadas de canela que eu odeio, mas a moça que me atendeu não ouviu quando disse que não as queria.

Caminho em passos calmos pela rua e
para fechar o dia,
vem-me o cheiro de seu perfume para me deixar arfando, morrendo por dentro.
Isto não é uma ficção, mas bem parece ser.
Quão amavél é esta melancolia, não é um estado de decadencia, mas é o abraço de algo pelo menos...