quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Se você puder me ouvir, ou pelo menos me der um pouco de sua atenção...
Enquanto respiro profundamente me vejo por inteiro. Procuro palavras dentro de mim.
A cerca de uns dias eu achava ser possível ouvir qualquer música, mas agora todas me lembram você...
Eu vejo as coisas em desordem, e acredito que somente alguém possa colocá-las em seu lugar.
É uma infecção, o tempo que passa é tão rápido quanto o virar de uma página de revista.
E tão triste como crianças que jamais saberão como voltar para casa.

Me sinto para baixo, tudo a minha volta é mera distração.
Minha mente está a todo momento guardando o sabor dessa depressão.
Estes meus pés caminham lentos, pisando em cada palavra que eu sonhei em ouvi-la dizer. Fico a apreciar minha dose de café que mistura-se graciosamente ao leite, acompanhado pelas desorganizadas pitadas de canela que eu odeio, mas a moça que me atendeu não ouviu quando disse que não as queria.

Caminho em passos calmos pela rua e
para fechar o dia,
vem-me o cheiro de seu perfume para me deixar arfando, morrendo por dentro.
Isto não é uma ficção, mas bem parece ser.
Quão amavél é esta melancolia, não é um estado de decadencia, mas é o abraço de algo pelo menos...

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