terça-feira, 23 de junho de 2009

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Fizemos de tudo para que o hoje o dia funcionasse bem
Colocamos nossas roupas de banho e pulamos na piscina
de águas confortáveis
Parece que tudo fica mais lento quando nós lembramos
das conversas de anos atrás e nem são tão velhas assim...
É como se nos conhecessemos a décadas
ou, por um longo tempo incontado, indeterminado
Deixei-me levar e agora o tempo passou rápido demais
Desmanchando nossos sorrisos abobalhados
Nos olhamos e acho que pensamos o mesmo,
Correndo rápido pelo verde da grama, a cor estava
viva em meus olhos,
os coqueiros dançavam ao vento, cabelos soltos voavam
leves no ar e o frio começava a congelar os dedos
a vista do céu claro sem nuvens favoravelmente azul,
dava a certeza de que não iria chover no resto do dia...
Ficaria só as sobras do sol quando começasse a cair a tarde,
e ficou os abraços de despedida seus,
Hoje se eternizou tua companhia em minhas lembranças bonitas!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Carnaval em fevereiro mas antes... janeiro primeiro.

Não sei o que lhe falar
Mas o pouco que posso lhe dizer que a tarde arde
Fervendo nossas alegrias
Amigas que são boas pras putarias
Olhando a paisagem por inteiro
Nada melhor que carnaval em fevereiro.



Sonhos de ilusão.

Satisfaça o desejo sublime
Ser que paira no ar em minha frente
ouvindo os sussurros que chegam leves e cansados...
Mãos atadas, eu perdi o juízo
As letras saem como crianças saltitantes
Sem rumo pelas linhas tortas
Eu achei o canteiro das rosas e
Assim pude perceber como os olhos
cintilavam a espera de um sorriso
Sim eu perdi o juízo ontem hoje e sempre
Acho que nunca o tive e não o terei.
Corri por dentro da mata,
colhi as flores, afoguei pensamentos nos lagos
Pedi a mim um pouco mais de paciência para apreciar tudo
Não sabendo eu que tudo nunca acabaria
Eu morreria sem a paciência
Mas estaria em paz comigo
Sem saber é que eu é que estava no ar
a tecer um céu num inferno contente.

Aquele seu jogo favorito.

Sabe eu comecei a olhar suas pernas enquanto dançava
e pensei é melhor eu me sentar,
você veio e me disse boa ideia!
Eu adoro o seu jogo divertido
Você engana meu olhos quando
mexe o corpo na música eletrônica,
as luzes não me deixam pensar direito
Só vejo seu vestido vermelho escarlate
chamar a atenção de todos,
Achei que estava com uma paralizia total
até perceber minha perna tremendo...
O ambiente não é dos meus preferidos
mas não importa o lugar, estando com ela tudo pega fogo
Eu adoro o andar, o cabelo nesse loiro vivo,
a maneira que olha para mim seduzindo-me.
Secando minha vida a cada passada de olhares por mim
Estralando os dedos no ritmo da música
Olhei o rastro de suor pelas suas costas nua,
Fiquei aceso de desejo,
Mas ela sempre me apaga indo embora
Depois retorna não me alimentando,
Só deixando-me mais sedento dela...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jan Vandirne.

A fome começa a me atacar, e eu não tenho mais livros para comer
cerébros para guiar ou garotos para enganar,
divertindo-me na sombra, a descosturar os vestidos de bordas finas
e costura cara,
Ele chega cheio de malícia com seu perfume antigo e seu olhar indiscreto
Olhos trazendo um olhar vagabundo, ar de rapaz cortez, roupas de saltar
os olhos das moças burras desde reinado tolo.
Levantei a vista e mirei sua cara (nojenta) curiosa a investigar o que eu estava fazendo
(aprontando), começei a franzir a testa com aquele silêncio,
Mãos atrás das costas e olhar investigativo, levou o dedo ao queixo e disse-me:
- O que fazes no chão de teu quarto? rasgando roupas caras e raras feitas só para ti Jan?
Não queria responder não tinha de dar satisfação a ninguém por que daria a este?
minha língua viva resmungou palavras soltas e alinhou uma frase:
- Estou entendiada meu Senhor.
Baixei a cabeça como reverência (que eu odiava ter por pessoas que não merecessem tal atribuição) pois ele era filho de um renomado rei, seu pai era divertido mas nem um pouco humilde, e este aspecto me irritava.
- Cara donzela... - ajoelhou-se para perto de mim- por que me maltratas a alma?
Tocou em meus cabelos e seu perfume endiabrou minha raiva, levantei com ar de diabo, saí calada dando pisadas de elefante afundando a casa de Tia Georgia.
O que mais me irritava nele era achar que podia ganhar o mundo e com ele , eu,
Era ridículo pensar assim, estava pensando e gesticulando para todos os lados, esbarrei em Tio Candido
- Oh tio, sinto muito, derramei-lhe a bebida sagrada
Tio Candido riu, um riso solto e leve, enquanto eu me perguntava o porquê disso, me virei e fui andar pela casa; faziam um bom tempo que não via meus tios então voltar onde passei minha infância era voltar a ser criança assim naturalmente, tudo era perfeito na casa de minha tia, meus pais sempre me mandavam para lá nas férias e as vezes no ano novo, eu adorava subir nas telhas, mas sempre que eu fazia isso o filho deles falava que não era coisa de menina fazer isso, então nunca mais subi.

Bradin era o garoto cobiçado, cabelos e olhos claros como o dia, a pele parecia seda, o sorriso demonstrava sempre aquela certeza de que ele estava certo e na maioria das vezes estava mesmo. Tia Georgia sempre mimava Bradin com presentes, então quando ele cresceu quis tudo e teve tudo, assim nada era limitado tudo tinha de ser a seu jeito; todas as mulheres que quisesse, tudo estava a sua mão e todos queriam ser ele, todas queriam ele, mas Bradin não fazia o tipo que me agradava, sarcástico demais, arrogante ao extremo, não! definitivamente não .


-
Estava andando pela casa de paredes brancas com detalhes dourados, os quadros nas paredes cheios de detalhes eram tão bonitos aos olhos...
Nas grandes janelas cortinas de seda deixavam o sol dançar dentro da sala, eu estava nervosa, tinha acordado muito tarde, me veio um medo de todos já estarem acordados tomando o café da manhã, ou me esperando o que seria pior ainda.
Chegando na cozinha, ninguém
- Oras, onde foram todos?- pensei confusa.
Escutei lá fora barulhos de risos, eram meus tios e meu primo, todos estavam se divertindo tomando café, fazia muito tempo que não vizitava o jardim, estava perfumado pelas rosas que cercavam a mesa, o gramado estava lindo, muito verde, o chafariz com um anjinho jorrava água que fazia um barulho engraçado aos ouvidos, depois da distração fui ao encontro da mesa farta.
Assim que chego começa uma ventania fria, meu vestido fino não me aquece do frio, meus cabelos voam leves no vento, só consigo ver o rosto sereno de Bradin a olhar-me parada esperando que tudo aquilo passasse. Me recomponho rápido, sorriso sem graça nos lábios, olho para meus tios, sento e me desculpo pela demora...
-Ah querida você está cansada da viagem.
-É Jan, senti-se e aproveite o café.- e lá estava aquele sorriso lindo de Tio Candido, um corpo velho mas uma alma tão rica de juventude, chegava a me espantar, queria ficar velhinha e ser como ele . Não havia notado o outro ser naquela mesa, só três pessoas e estaria ótimo, veio abrir aquela boca nojenta pra dizer algo.
-Quase que o vento leva.- e riu, aquele riso debochado, de cabeça baixa sem me olhar nos olhos, quase me retirava da mesa quando minha tia disse que não devia rir assim de uma donzela como eu, agora o riso era meu, fiz de seu riso meu riso, e comi satisfeita, comida ótima aliás.
A manhã estava bela, mas atrevo-me a dizer que o que a tornou perfeita foi o garoto que chegou fazendo honras a nós que estávamos sentados terminando o café. Me surpreendi vendo que sua vista parou bem na minha, sorri casualmente, Tio Candido terminava sua exaustiva e oprimida (e chata) história de toda a sua vida, esta que eu sabia de cor, meu tio riu para o jovem e o convidou a sentar-se, mas este logo disse que queria falar com Bradin que já dormia na cadeira, dormia de tédio, pobre de meu tio, gostava tanto de contar sua história e recebia isso do filho, raiva me enchia.
Me retirei da mesa, fui andar a cavalo, fui olhar os rios que tinham perto de nossa casa, tinha de me movimentar, era tudo muito tranquilo, eu não estava acostumada a isso, mas sem problemas, não chegava a ser um incomodo, só não era muito divertido.
Eu estava respirando um ar muito mais puro, amanhã seria outro dia em que o sol tocaria novamente meus olhos, e eu vou estar nesse lugar tendo um conforto matinal, agora estou esperando só as estrelas a noite, porque é muito lindo, nos sentamos lá fora e ficamos a conversar, sempre fazemos isso, e hoje vai ser o melhor dia, vai ter aquele gosto de recordação,
vai ser sempre guardado comigo, com carinho.

A Cura

'Teu humilde sorriso acalma a horrenda tempestade de sentimentos, que arrasta-os por caminhos enfestados de feu e espinhos que não mais compartilham a beleza das rosas.
levanta meu rosto e beija minha boca, suavisa minha dor, cura minhas feridas me guardando em teus braços,
agora deita-me em tua cama, me agasalha em teu lençol e fala pra mim que vou viver e conseguir te ter por mais mil anos.'
  .Micael Candido Moura

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Prendo-me á Goethe

Eu sou Mephistópheles. Mephistópheles, é o diabo. E todos vocês são Faustos. Faustos, os que vendem a alma ao diabo.
Tudo é vaidade neste mundo vão, tudo é tristeza, é pop, é nada. Quem acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal da vida cabe entre nossos braços e abraços.
Mas eu não sou o que vocês pensam.
Eu não sou exatamente o que as Igrejas pensam. As Igrejas abominam-me. Deus me criou para que eu o imitasse de noite. Ele é o Sol, eu sou a Lua.
A minha luz paira sobre tudo que é fútil: margens de rios, pântanos, sombras.
Quantas vezes vocês viram passar uma figura velada, rápida, figura que lhe daria toda felicidade? Figura que te beijaria indefinidamente?
Era eu. Sou eu!
Eu sou aquele que sempre procuraste e nunca poderá achar. Os problemas que atormentam os Deuses. Quantas vezes Deus me disse citando João Cabral de Melo Neto: "Ai de mim, ai de mim.Quem sou eu?"
Quantas vezes Deus me disse: Meu irmão, eu não sei quem eu sou.
Senhores, venham até mim, venham até mim, venham. Eu os deixarei em rodopios fascinantes, vivos nos castelos e nas trevas, e nas trevas vocês verão todo o esplendor.
De que adianta vocês viverem em casa como vocês vivem? De que adianta pagar as contas no fim do mês religiosamente, as contas de luz, gás, telefone, condomínio, IPTU?
Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei por uma vida bem selvagem através de uma rasa e vã mediocridade, que é o que vocês merecem.
As suas bem humanas insaciabilidade, terão lábios, manjares, bebidas.

É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo.
(Goethe)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

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Pensas mais um pouco.
Pensa que a vida é louca e os amores tortos,
pensa que a porta é cheia de mistérios.
Pensa que detrás dela está eu.
Eu que te espero.
Mas não demores, não pense muito, por que eu também vivo pouco.

Doce vingança querido.

Sinta meu abraço de serpente
Sua cama é assustadoramente sexy
Não minta, você mente
Onde vou esconder o resto de você?
Não é difícil não fazer você sentir seu coração
depois que eu arrancar ele
Já se foram as pernas e os braços
Você tem algo a dizer?
Vou tirar sua boca fora e rezar para que
ela não diga aonde você está
Não eu não sinto medo, não eu não sou superficial
Sua cama é assustadoramente meu lar
agora ela está multi-colorida
Tão sem vida
Sim você era a vida em cima dela
Você continua com esses olhos tristes?
Oh por que?
Eu estou te fazendo mal?
vamos abrece-me
Que pena você não pode,
Não pode correr e tentar se salvar
Não vai escapar como sempre fazia
Você dá trabalho mas eu sou forte
Meu estômago nunca embrulha
O seu está embrulhado como presente
Lindo, morto
Não eu nunca sou má
Vivo pela vingança
E eu mordo minha língua sempre que digo
que não vou te matar,
Enfim ela não sangra mais
Ela agradece!


    

Fotografia.




O céu está tão claro
Isto daria uma bela fotográfia...
e foi o que virou
Vira e mexe eu caço ela por aí
Vê-la ainda me faz sorrir
Acho que cansei, cansei não foi?
Pergunto para o meu reflexo no espelho
E nada acontece, então só vou sorrir para você
afirmo virando para olhar a foto presa na porta
Foi no dia que eu descobri
o laranja mágico desbotando para o azul angelical
Pensei em suas mãos aproximando-se das minhas
mas nada aconteceu, a distância é muito grande
Porém esta noite eu vou sonhar com você
de novo e de novo,
Sonhos são represas d'água
Molham a saudade toda vez que ela tenta te apagar de mim
Sim eu preciso de um amigo e um amante como você
Mas você não está precisando de mim,
A imagem do céu amanhecendo me faz sorrir tanto
Sempre que paro qualquer pensamento
Eu me sinto em paz
de novo e de novo.

Passado e presente no agora.

Como podem os corações se enganarem tanto,
hoje me lembrei assim num momento vago ouvindo uma música melosa
e triste, eu cheguei a ver nos meus olhos quando o meu sorriso era seu,
Quando eu fazia questão que fosse, não poderia eu me prender a ninguém
já que até meus ossos eram teus;
Quando trocávamos palavras doces, que não enjoavam, que me fazia
quere-las mais e como fui tola, pior ainda sou
Devia já ter apagado isso da mente a muito tempo,
e apaguei, elas retornam e eu as mato,
eu apenas rejeito de forma cruel e insana ou faço de conta que
que nunca nada foi meu, nem você, nem o que eu sentia.
Um contexto irreal, coisas impossíveis de se durar mas foi verdadeiro, inalcansável mas desejado, hoje depois da lembrança
eu fecho os olhos e penso em outra coisa, penso que há alguém
agora que me faz bem, alcaço e sinto saudade se não vejo,
ou quando está longe, ou quando não brinco de namoricos com este;
Sentir é passageiro acho que fazer durar o sentimento é que me
parece complicado,
Mas não sei eu aceito todos assim de bom grado, sem olhar detalhes,
beleza, conteúdo...
Aceito companhias masculinas , femininas ou duvidosas
Porém rejeito se as mesmas também não fizerem questão de mim,
mas se todos se aceitassem aí sim seria bem estranho.

Pensamentos Soltos.




Fui para o lado de fora do que chamo ser minha casa
O dia extressante parecia não ter fim
Fazia tanto tempo que não sabia o que um cigarro
Tomei coragem e acendi um
A fumaça tomando conta de mim, cuidando da minha raiva
Logo ela saía e entrava como visitantes agradáveis
Parecia relaxante, mesmo sabendo que meus
pulmões gritavam por socorro
Parecia que o cigarro era infinito
Mas acabou,
fiquei olhando o resto da grande fumaça
que saia de minha boca como uma nuvem chuvosa
Como uma nuvem de gás carbono
Ou seria a fumaça ruim que deixou melhor o resto do dia?

R E V O L T A.

Afoga esses desejos nessa jarra de suco
Engole esses teus elogios perfeitos
Meta na boca uma agulha cirúrgica
E nunca mais volte a me ver
Te desejo sorte, te desejo glória, luz ...
Mas brilhe longe daqui, seja sortudo para
outros, aqueles que te ergem como divindade
e adoram teus feitos;
Põe esse orgulho á venda, liberta esse corpo cativo
de miséria, cura para sempre essa ressaca e
morra nessa chaminé de fumaça
Não me lembre de ti, não me mande flores
elas não valem o que tu és
Não volte, vá!
Para sempre e sempre amém, se precisar for
viro religiosa, ou melhor, vou ser freira,
vou ser monge (pena não dá) vou ser eu em outros,
em diversos lugares, vou apagar-me .
Você anda merecendo ser desprezado só por ser,
só por que eu não suporto mais,
Só por que eu nem sei se aguento não te ver;
Te mando embora, te mando ir pro Inferno
Mando que Deus cuide de ti
Ou viro ateu e mando você não crer
Não crer em nada que digo,
Eu sou louca
Eu que não mereço nada...
Vou ao médico procurar a tal agulha cirúrgica pra mim.

Fim.

Começa os ventos, a tempestade de idéias são seus olhos e este
perigo aceso que se diz tua boca...
Deitaste sonhos lacrimejantes que viraram fontes,
selvas e matas verdes, onde derrete-se eucalípto na língua
feiticeira da meretriz;
Risos e passadas de olhos devassos, o ardor do suspiro, a
forma como lança os beijos a multidão calada...


Começa enfim a sessão da tarde, sento os pensamentos e
estamos todos conversando até o deitar do sol,
Já extintos estão os beijos e tal qual a multidão, perdendo
a noção, minhas roupas começaram a não gostar mais de mim
...Até elas me abandonaram


Enquanto elas se vão teu corpo me cobre como um manto
Quebre-me e venha me refazer melhor
Sua voz sussurrada, leve e simples faz chorar,
me afoga em mim só pra matar as dores invisíveis a olho nu,
Só eu as vejo e sinto.
Formou-se um oceano no centro da floresta tropical,
por que o verde não é tão verde agora
Se não for pra ser você que vai me ajudar, quem vai poderá
me refazer afinal?
Talvez eu me desfaça de mim.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Soldado Ferido.

Profundamente em coma
é o espiríto de quem luta demais
a espera pelo que já se sabe.
Profundamente perdido
É o duelo mais longo destes últimos anos,
é descobrir o que se torna...
saber que por dentro
cada suspiro é uma lágrima.

Isto é paixão, talvez amor.




Eu que sussurro baixo dos telhados da tua casa
como gata sorrateira, como quem aparentemente não quer nada.
Eu que durmo esperando algo chegar,
uma ventania que me faça voar
porém eu não consigo ir embora
Então voamos juntos por dentro da noite;
Você poderia largar esses seus pensamentos
e se importar mais com o que realmente interessa.
Os neurônios queimam por que são lâmpadas já gastas
que eu precisava trocar, mas você fez o favor de quebra-las
fazendo meu raciocínio funcionar.
Então planos e devaneios são parte sua,
a minha é ouvir e recusar,
Pareço ser do contra mas estou sempre a favor da gente
Estou sempre a dispor, a linha telefônica pra você está sempre no gancho
pra que ligue sempre que pensar que estou esperando que ligue
Bobagens que o tempo apaga, são fases diz ele
sempre dizendo o que se passou no seu tempo
Eu aqui, calada
fazendo caras e caretas por isso
Ele sabe que me agrada e espero poder compensa-lo no agrado meu Senhor que semeia
flores no meu canteiro.


Como pôde fazer isso comigo?
alimentando a minha alma,
deixando saudade
Fazendo as lembranças tuas fazerem moradia
em mim
E eu enjuei de dizer Belos Lábios,
lembro de dizer muito a você...
Lembro de obrigar você a me olhar nos olhos,
olhar fundo,
preso no meu;
E os dedos de prosa que prosamos
Os beijos que degustamos tão silenciosos
saboreados como frutas frescas,
As conversas revirando meus sentidos totalmente perdidos de
irresistíveis e delicadas pitadas de paixão
e aquele sal que eu toco sempre com vontade e levo aos lábios
este será o passo do beijo exato,
O choque de duas bocas antes perdidas...
Sempre que me visita num sonho bom
retorno a ver o rosto de antes e
os carinhos vem a mente,
Será um péssimo fim se eu me atrasar sempre
Se eu recusar teus pedidos doces e amargos
Gosto do presente e você também,
vivê-lo e aproveitar-se sem dó dele
Matar este de tempo em tempo, abraços e laços feitos
Me prendi a você assim de repente
desse jeito completamente.

domingo, 7 de junho de 2009

Eterneli.

Pensando debaixo das árvores
Sufocando o resto dos meus dias
Diárias conversas de confecionário
Seus lábios dizem palavras maleáveis
Outras de dicionário, outras estrangeiras;
Girando no circulo intenso da vida
Folheando um velho livro sentada no vento
Arrastando minhas mãos pela grama
Desejando que estas se espalhassem sem direção pelos seus
cabelos negros como a noite
igualando-se aos seus olhos negros como as sombras.
Abre-se um mundo no céu de Sofia
Sofia é feliz e curiosa, esperta e nervosa
Reconhece a música, dança fácil,
movimenta os quadris lentamente num embalo juvenil e sedutor...
Pairando sobre minha vista seus olhos
Ele está parado na ventania, o relógio não é fiel as minhas vontades
Como queria ser Sofia, tocar os ponteiros do relógio e
horas serem inexistentes,
Seus dedos se entrelaçando-se nos meus,
para uma dança eterna, simples, terna.

Eu e você.

Chegamos ao limite das frases feitas
Não é como olhar em seus olhos e rejeitar a verdade
Somos parte de uma mesma moeda num bolso mendigo
Eu digo todos os dias por favor me ame mais
antes que desapareça a sanidade de mim
Antes que já não haja santidade em meus pensamentos
E orações em meus lábios.
A chuva que caiu o dia todo ainda traz
vestígios de alegrias em nossos sorrisos, nossas lembranças
A tarde nunca foi tão agraciada
Desbotando nossas vidas, borrando seu batom
Desejos molhados
Maçãs estampadas em nossas camisetas
Frases do tipo, vá uivar debaixo da lua,
beije sua esposa e sorria. Andei procurando
ler o que você lê, ver o que você vê
Sentir como você sente, perguntar e inventar como você
Então descobri uma pessoa não muito humana
de tão imperfeita, não tão normal
Muito louca por assim dizer, bicos e birras de uma criança doente de carência,
e o melhor de tudo, essas qualidades combinam com você
Essa sua paixão doentia pela preguiça diária,
Pelas músicas, por si, tudo é muito você.

sábado, 6 de junho de 2009

Pedaços de conversas inúteis.


Um pedaço de verde, um resto de rosto,
Uma língua dançante dentro da boca.
Quero que se foda os olhares que mais parecem magos tentando
desvendar o que tem por dentro de você,
dane-se os sorrisos falsos,
Da droga que te condena ou que te seduz,
Dos garotos que te abandonam quando o que
você sente por eles nunca morre.
Deixe-se ser um pedaço de tudo:
seja o meu café adocicado, ou a mistura do leite
e chocolate na xícara de porcelana,
experimente ser o que ninguém é, ler o que ninguém lê...
Ninguém lê os ventos quando eles passam devagar sobre as pernas
das pessoas que andam sem rumo (ou realmente sabem onde vão) no centro da cidade.
Eu escuto uma música e fico dou uma tradução errada
só pra ver como se encaixa,
Não seja igual a mim, mas tente fazer o que eu digo.
Sejamos todos o verde da folha presa a flor, vou ser o meio rosto na foto
e você será a outra metade de mim, a língua pode dançar junto á sua
(somente se você permitir) e por fim,
Eu vou ver a tradução certa da música agora!

O que fazes comigo.

Sua boca molhando a minha numa tarde quente
Seu corpo desejando meu corpo sadio
Eu quero sugar sua pureza
Você não consegue viver sem mim
O violão o som e a musica
Tudo é para você
Quero morder seu ego
Quero arrancar seu desejo
Você sempre tira minhas roupas
E eu não entendo porque
Vou tentar não resistir.
Puta,
Deite seu amor em meus delírios
As lembranças suas enquanto miro a varanda
Sempre que acordo você já não está aqui
Me vira do avesso e bem cedo vai...
vai levando tudo de mim,
Meu dinheiro, meu cheiro, meu coração
doente de amores por você!

O menino do sol.


Ruas vazias mas cheias de vento,
em casa devia estar chato, então ele se senta lá fora.
De óculos, jaqueta e sapatos gastos
Ele espera o sol e este chega queimando-lhe o rosto
O mais engraçado em ver aquela cena
é que ele não se incomoda
Só o que está preocupando são
as nuvens do outro lado carregadas
de gotas indesejadas
Que espantariam os raios solares quentes;
Eu perdi a noção do tempo olhando ele se deliciar com
uma coisa aparentemente insignificativa
Ora tem sol todos os dias (menos quando chove ou quando está nublado)
E quem disse que ele se importa?
Eu poderia fazer uma rima do tipo
Diga aos garotos esquisitos que eles precisam
tomar sol diariamente como você
mas isso não seria uma rima
seria mais ou menos uma realidade sua, então eu estaria lhe roubando algo,
EU VOU ROUBAR SEU SOL, por que?
porque sou maluca, porque eu não sei que horas são
eu vou surtar assim do nada, arrancar esse sorriso de você
só por querer,
Depois rir e talvez me aquietar, sentar do seu lado
e me queimar também,
mas não me olhe como se eu fosse louca
Eu só queria saber porque o sol é tão importante, ele não é pra nada mim
ele me incomoda e isso te faz feliz
E isso não devia ser assim.

Ela.




Viajei eu, nesses dias, num mundo paralelo e imaginário.
Pairava sobre os olhos dela a calma, o piano arranhando notas, os convidados sentados conversando exaltados sobre a noite.
Abre-se as cortinas vermelho sangue, o silêncio é cortado por sua voz que
entra cantando junto ao piano branco;
não vou apagar aquela imagem, a memória vivia apagando as coisas,
porém dessa vez deixou-me recordar ela.
Pouco a vi e não me desfaço da lembrança
Anjo sem asas, penso que flutua enquanto simplismente anda.
Adoráveis lábios, os olhos contornados de preto percorrem o salão.
Ela deito-se no chão,
encerra-se a música...
Enquanto deita seus cabelos ruivos abriram-se em leque
espalhados, vivos!
Sussurrei a ela:
- Vos digo que este foi o sonho mais perfeito em regozijo pleno.
Ela, olhando-me fundo nos olhos, deu um pequeno sorriso de agradecimento,
O piano arranha as mesmas notas novamente
mas agora estavam todos calados, cada um a recordar aquele
esboço de algum desenho delicado.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Música do Anime Chrono Crusade.



Daisukito to omou karane kizutsuittari tomadottari
Digo que gosto muito de você apesar de ferirmos
nossos corações com indecisões

Tsumetai hoho wo youseatte kokoro ga umareta
Nossos corações batem fortes quando juntamos
nossos rostos gelados

Itsu mo ima sugu ni aitai
Eu sempre quero ver você em cada momento
Mukuchi ni naru hodo suki-yo yasashisa doushitara mieruno
Eu te amo tanto que não tenho palavras para definir
O que eu preciso fazer para ter o teu carinho ?

Dakishimete motto tsuyoku atataka no mune wo shinjiru yo
Por favor me abrace apertado eu acredito em seu
caloroso coração

Sayonara soritia
Adeus Solidão
Ashita e
Até algum amanhã.

Hoje a rua é sua.

Quer atravessar seus medos assim? Então pare de pensar e passe essa via na contra mão.
Parada as linhas brancas no chão, vezes respeitadas, pisoteadas por todos.
Eu sei que você quer rir de tudo assim em público, foi um caminho tão longo
até chegar a essa decisão...
Não largue os planos agora, essa avenida é pequena para sua vontade de viver.
Não você não pode voar, mas pode fazer seus pensamentos elevar por dentro das nuvens.
Não insista em ficar parada, grite como nunca gritou
Sim a raiva estoura seus pulmões e você mal consegue respirar,
Por que todos os dias você passa por esse lugar e odeia pensar que todos
querem te atropelar;
Odeia o quanto o mundo parece desonesto neste ponto e em todos os restantes
Você sempre pensa nessas coisas significativas, e ninguém entende como isso é importante,
Ninguém entende nada.
Vamos fincar um poste nessa rua e deixa-los zangados, então você passará livre,
sem arrependimentos, sem angustia.
Será o bloqueio da rua,
pena que isso é só mais uma loucura sua!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Flagelado da paixão.




Eu encarei o relógio e dei por falta
de uma coisa,
Onde estaria? Onde deixei e qual a última vez que vi?
E assim em cada canto da casa eu procurei, eu sentei no chão e vi o reflexo de minha perna no espelho e realmente, e pela primeira vez não me assustei.
Desliguei-me daquilo e voltei a procura,
parecia impossível de achar, mas eu sempre fui tão persistente,
então fui aos armários, vi debaixo dos lençóis, nas roupas eu procurei rastros,
Nas confusões, nos beijos, nas tranças malfeitas em meus cachos mal arrumados.
eu cansada,
eu perdida,
eu eu eu, ?
Onde está a maldita boca que me perseguia e não a acho?
Preciso daquelas palavras loucas que me fazem esquecer quando já me questionava demais,
preciso das expressões que ela faz enquanto me engata numa nova tragédia,
Sim é trágico, eu queimo cada neurónio com o que você diz,
cada palavra é uma morte e um funeral.
Me sinto um flagelado da paixão,
Roubas a sanidade, a cada encontro roubas mais e mais,
E EU NÃO ENTENDO O QUE TENHO A OFERECER
e continuo sem entender o que levas,
mas sempre que vai parece satisfeito seu ladrão grotesco
Finalmente o que queres de mim?
De repente a boca responde: Roubo tuas horas, teus olhares, teus gestos, sorrisos, birras, raivas, roubo não, tu me dás assim de graça, tua fala vinda em cântico, mostra as asas celestiais,
faz com que mesmo que não te goste, não viva sem ti.
E o pior que fazes é saber que te quero, te quero sem eu mesmo entender.

Movimente-se.



Eu preciso me mover
mova-se comigo agora, vamos nos sentir felizes,
vamos voltar a rua e dançar de mãos dadas, caminhar pelas calçadas.
Levante seu astral e leia meu horóscopo
Cuide de mim por hoje ou para sempre
Eu já estive longe de mais de correr riscos
Você acaba se distânciando do cheiro das flores
e dos brilhantes raios de sol,
Beije aquela amostra grátis de garoto selvagem
saia e dance com aquelas pessoas,
mãos no ar,
Acredite,
eles não podem roubar a liberdade de você,
não sei porque minhas mãos gelam quando toco meus pensamentos,
apenas diminua o freio e deixe a roda da vida gira,
você se sairá bem nesse jogo acredite!

   06 - 04 - 2009

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Nada é tão ruim quanto o que eu sinto
em mim...
Olhe ao redor e as janelas de vidro refletem
o sol em suas roupas,
Você consegue respirar?
Andando em avenidas sem poder
parar e absorver a quanto tempo estou acordado;
Perdido num sanatório sorridente
A cidade é um ninho de rato
Cante para mim e seus olhos
chamam por redenção,
Duas almas se abraçam numa cama
O ser vivo e o pecado,
Nada vai fazer você desistir mas
eu continuarei florescendo
mesmo que seu carinho e atenção
Não sejam dedicados á mim,
Eu continuarei morrendo e retornando
Vou querer metade de uma vida qualquer
para quem sabe assim suprir a minha,
A verdade é que eu matei a vida dentro de mim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Conversa Podre.

Começamos esta conversa com pequenos sussurros levados pelo vento, as cartas, as pontas delas queimam, caem no chão coberto de areia; Eu quis dizer que as palavras machucariam, você não consegue me ouvir, estive sendo rejeitado. Me escute eu estou quebrado e quebrando os beijos que eu te dei.
Sobre o caminho que andamos estão todas as porcarias possíveis para que nada dê certo e o fato é que não deu. Eu não me sinto forte o suficiente para levar-te aonde o sol brilha mais forte, onde as ondas batem com mais força fazendo pingos transparentes passaram pela irís dos teus olhos. Eu desfiz o poeta sorrateiro, eu construi milhares de muros sobre este reinado, este que pulsa como um grande rei num pobre castelo, vá ser estrela que eu quero ser governador de galáxias, solitário e infeliz.
Estamos reclamando do amor, deixando que se apague dentro de nós as lembranças, conversas. E eu achava que poderíamos ser mais do que adolescentes atrás de vontades compulsivas de perder e ganhar aprendizados inúteis, que juntos seríamos os beijos quentes que aqueceriam as noites frias, que correm até o terraço para ver a lua.
Mas obrigado por me fazer sentir gritar a cada memória sua.
A paixão começa a correr como um rio e eu sou o final dele, eu sou a pedra que o parte ao meio, eu quero ser o restante do rio, dar uma chance para que a paixão passe por mim, e vá embora,
mas apenas deixe algo, apenas deixe sentimentos num homem frio.

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Estou nervosa com seus braços ao redor de mim
seu rosto me fazendo chorar,
São 6 da manhã e não consigo pensar em nada
mais doentil do que me fazer desaparecer,
como um ilusionista a apagar de si sua vida
numa mágica complicada de se entender.

Contextos e explicações
eu não vou sair por aí bebendo em copos alheios
e fumando os vestígios seus...
Começo a me sentir dormente a começar
pelas pernas, elas estão formigando
minhas mãos queimando de nervosismo

Esse lugar me faz pensar em me amar mais
um festival ao diabo,
as faces se distinguem
Uma a uma
num efeito em espiral, num borrado inatingível
E eu estou caindo numa depressão, num relevo,
no medo, nas músicas, nos movimentos...
Você não está lá para me redesenhar,
as borrachas continuam a estragar o meu desenho
Este desenho que apaga sou eu,
você vê o que está fazendo?
Chorar no escuro já não é divertido,
Eu começo a contar os centavos para ir para casa,
enquanto sua mão aperta meu braço.
Estou sentindo você apertando mais,
começo a estranhar,
deve ser eu, só eu que me sinto um desenho desfeito.