sexta-feira, 26 de março de 2010

Paraíso particular.

Estou tentando endireitar seu sorriso pra que você sorria para mim, não que eu esteja privando-a de espalhar sua doçura, somente preciso de um instante do conjunto de seu rosto fazendo parte das minhas lembranças, pra que estas estejam guardadas secretamente, enquanto estou distraído vendo seu rosto virando para o lado, certamente se eu dissesse isso você iria rir, mas sinto que já sabe o que penso sem que eu precise dizer.
E quando você encaixa seu corpo no meu deixando minhas mãos repousarem em sua face rosada, deixando que eu me sinta o único que você permite olhar dentro dos seus olhos e invadi-la de silêncio, dando espaço para que nossa mente planeje novas ações, novas descobertas...
Fazendo assim do silêncio uma oportunidade para que os sentidos se agucem, e quando essa quietude for quebrada estará somente meus olhos não achando os seus mas meus lábios estarão cálidos nos teus.

quinta-feira, 25 de março de 2010

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O botão de replay está me odiando, mas eu não me importo.
Repeti a noite inteira a mesma música que ele já deve estar cansado de ouvir,
mas quem liga para ele certo? É só um botão, um botão que não tem vida, nem sentimentos, mas tem a função de funcionar e me agradar voltando a minha música quantas vezes eu desejar,
espero que eu não quebre o aparelho, espero que pare de chover,
espero aqui dar logo a hora que você irá me ligar, espero amanhã poder te ver,
espero que volte os bons velhos tempos em que
eu sabia escrever coisas bonitas, espero que água do chuveiro não esteja fria,
que dê tudo certo na minha vida, que meu sono seja regulado, que eu não precise pedir permissão a
mãe do meu namorado para namorá-lo, espero que eu tenha bons amigos ou amigas, espero não esperar
tanto de mim por mais que eu esteja, espero dar logo um basta a essa dor na vista que me cega,
e o frio indecente que percorre as minhas pernas, que me arrepia e faz gelar meus dedos, mas que droga!
Não consigo apertar no botão novamente, acho que ele jogou uma praga em mim, para que eu durma e pare de atormentá-lo por fim.

As verdades que já foram ditas.


Conservei em minha mente esse teu sorriso jovem, e como é engraçado a forma como eu me sinto estérica, abusiva, e triste quando estou longe de você.
Aqui está chovendo e fazendo frio, um frio que só seria bom na cama que você não gosta, sua cama de molas, que mais parece um trampolim divertido, não sabe o quanto são chatas as ortopédicas; embaixo do seu lençol azul me imagino dormindo e sendo acordada pelo seu beijo, como a bela adormecida das histórias infantis, como você sempre faz, então não é o sol intenso que invade meus olhos mas sim sua íris castanha vindo de encontro a mim, aqueles olhos densos e meigos, cheios intenções, cheios de um sono esquecido, eu o abraço, o mimo, o invejo, admiro, enobreço-me por dentro para conseguir dizer o tanto que me fazes bem.
O som da sua risada, da sua voz ecoando leve no ambiente, ou somente quando está falando normalmente sentado a mesa tomando os goles rápidos do seu café com leite, mesmo quando olha para o fundo da xícara para saber quanto falta para acabar, noto tanto essas coisas que me surpreendo, deve ser porque gosto demais dessas coisas, coisas como o jeito que alisava sua barba com as costas dos dedos, [mas você não faz mais isso] quando se preocupa quando está tarde para que eu retorne para casa, quando me liga para dizer que está com saudade no meio da semana, quando me ''força'' a fazer um selinho eterno, [que me dá agonia], quando beija minha barriga, quando fala com o coração cheio de desejos tudo o que sou e o que sente por mim, todas essas coisas me fazem suspirar por você, me fazem escrever uma carta dizendo tudo que você já sabe e esta declaração mais que sincera de que eu não quero mais perder você para indecisões ou inseguranças, na verdade com você eu converso sobre isso e logo essas preocupações somem, o que eu não quero é perde-lo novamente, porque eu gosto muito de nós dois, e não saberia não estar ao seu lado.

- Numa manhã de quinta-feira :]


meu pigmeu é seu