sábado, 30 de maio de 2009

Vida Vaga

Eu estive aqui pensando nos vários motivos
esses quem me levam a querer me esconder...
Se eu disser que sumir me trouxe bons ventos?
Leves ventanias nos dedos?
Um leve ar de irresponsabilidade que já tenho de sobra, que não quero jamais perder.
Um não-namorado, um não-amigo(a), nada falso.
A vida fora disso é tão azul você não acha?
E se isso te toca quanto me toca,
venha e voe para dentro da janela de cortinas claras
quase transparentes, que se abrem aqui dentro de mim.
E viva, apenas sorria,
cante sozinho para que, ventos e ventanias ecoem fazendo-me te ouvir.
Perdi as contas de quantas vezes ouvi a mesma música hoje,
arrastando o corpo devagar a procura de um copo d'água.
A fome me comendo vivo,
ligaram as luzes,
dormi durante horas atrás de um sono forasteiro, procurando uma aventura atrás das pálpebras.
Os olhos no impacto da noite,
as realidades soltas,
Meus olhos cegos não conseguem destinguir o profundo do café,
Só sabem degustar o alívio,
meus lábios se arrastam pela xícara quente,
me olhei e vi um mundo vazio,
mas o exterior dele me parece agradável.
De que vale tudo isso se não me sinto normal?
A diferença é essa, as mudanças nos fazem uns ET's deprimentes.


_

Porque o vento é tão ligeiro quanto seus desejos, quanto sua carne .
Canibalismo é preconceito na sociedade, mas quero arrancar seu coração para ouvir se as batidas são dedicadas a mim.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Memórias de um poeta.




Sabe eu não lembro o dia,
só lembro que os pés estavam quentes e o chão frio,
nunca gostei de estar calçado quando me vinham versos de
diferentes lados da mente.
Nunca recordo como foi
dar-te o primeiro beijo, o primeiro presente...
Não sou amante, esses amam demais e eu ainda estou gelado por dentro;

- EU DERRUBEI ÁRVORES NOS DIAS DIURNOS
QUANDO TODOS VIAM E NÃO ME ORGULHO DISSO!

Respiração funda,
gritei isso a um velho que passava,
Ele me olhou naturalmente,
avaliou que eu estava sem roupas de marca e de pés descalços,
barba a fazer e cabelos compridos em descuido, embaraçados;
Virei-me, abri a porta de casa
e lá estavam pés quentes novamente num chão frio,
e todas as lembranças vieram como uma bala,
tão rápidas e dilacerantes...
Eu nunca quis, eu nunca fiz,
eu nunca sorri nem mesmo menti quando precisei.
Corri atrás de fatos que pudesse mostrar que era real o que eu pensei ser,
olhei pela janela e o velho já não estava lá,
Uma intuição corria dentro das veias e o corpo parecia
não estar ligado ao cérebro,
ele fazia o que queria...
Fui ao fundo do apartamento e lá achei,
Eu derreti o coração por você e não lembrava disso
por isso é frio, por não ter mais o que sentir,
a mania de não ter sapatos é sua, e de ter um urso em minha cabeceira
chamado Jorge é seu,
Poucas lembranças numa foto, que não me fazem esquecer-te nunca.


Serão 20 coisas que eu odeio em você.

      Trecho do filme 10 Coisas que eu odeio em você .

Odeio o modo como fala comigo,
e como corta o seu cabelo.
Odeio como dirigi meu carro e odeio seu desmazelo.
Odeio suas enormes botas de combate e como consegue ler minha mente.
Odeio tanto isso em você, que até me sinto doente.
Odeio como está sempre certo e odeio quando você mente.
Odeio quando me faz rir muito, odeio mais ainda quando me faz chorar.
Odeio quando não está por perto e o fato de não me ligar. Mas eu odeio principalmente, não conseguir te odiar nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.

      

      10 Coisas que eu odeio em você por Natália Costa .

Odeio o modo como é destraido e me faz rir ou quando me faz querer gritar,
odeio quando invade a minha mente
ou quando me impede de pensar,
Odeio lembrar do seu corpo tocando o meu em manhãs frias,
E penso no tempo que passou e lembro das alegrias
Odeio rever as pequenas intrigas que me faziam te aceitar,
ou quando sumia e reaparecia só pra enfim me desejar
Odeio esse seu modo estranho, esse bocejo sem tamanho ou as camisas sempre pra lavar
detesto tanto e odeio mais seus abraços surpresos, seus bilhetes, seu desprezo
Odeio e não tolero sua mentira, suas piadas, suas roupas engomadas
tanto odeio quanto amo a sua forma de dormir
eu sei eu estarei do outro lado do rio pra desejar que o seu barco afunde só pra
te ver rir, e eu odeio esse cabelo comprido e essa sua forma arrastada de falar
Por que eu sempre odeio o fato de você saber que nunca vou te odiar.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Casulos Humanos.

Fitas nas cores azul e branco cruzavam o céu,
cada tira encaixava-se em diferentes ângulos nos olhos que viam.
Voe para fora do cubículo
Asas são pensamentos livres,
Os diversos dedos apontando as enormes fitas que agora caem
endireitando-se no chão ,
Se fechar os olhos pode sentir que estão se enrolando
nos dedos, nos cabelos, no corpo inteiro, envolvendo-se como um casulo.
Crescemos dentro dele e só por ele que nascemos de novo!

Simples Porém...

Posso dizer-te que a boca é algo que passa fugidio pela tua
e desce como que num movimento sedutor pelo pescoço,
desejando beijos mais ardentes do que as tardes incendeiam...

Porém...

Quem sou eu para despertar em alguém tudo que se passa em mim, que queimam como cartas selvagens,
sem letras,
só pensamentos.

Penny.




Sabe o que é tocar o vento na ponta dos pés? elevar-se?
Pensamento de hoje: você é especial;

Tentar ser otimista nunca foi tão ruim ..
Se eu estivesse em um carro poderia cruzar as fronteiras e dirigir milhas,até chegar quem sabe, em seus lábios.
Em linha reta,

Penny me leva a insanidade,suas mãos sobre meus cabelos,todos os dias eu desejei ela.
Doce ,pequena e sensual,
Se as pessoas se sentissem como eu me sinto ..

ouvir o nome dela e enfim ,sentir seu cheiro,ela me move ao infinito.
Se fossemos anjos de asas plenas,ela me encantaria mais do que já o faz,

estou rendido a Penny.

O céu já está claro.
Dentro e fora de seus olhos é um azul incessante,poderia dizer que as folhas alaranjadas,
a brisa,e sua tristeza ao me ver indo mais uma vez,
tudo isso não vale o que é essa música que faz com que você durma,
feche suas janelas e sonhe.
Somos mais do que podemos imaginar
eu voarei para dentro do seu imenso mundo
e seremos só eu e você essa noite.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O pouco que não tinha.


Olá, como todos nós paramos nesse lugar?
Mudos os reflexos humanos, eu costumava sufocar o que sentia,
quando você já sufocava com distâncias inúteis.
Acredite eu não sei, eu não sei se acredito
Ruas cheias e sublime imensidão solar
Eu costumava mudar os espelhos de lugar para ver
se a beleza chegaria
Enfim, chegou a hora de parar de mentir para si
Você nunca o esquecerá mas não precisa relampejar
tantos pensamentos negativos,
e eu ainda o amo.
Em todo o caso eu estou sufocando o que está
aqui dentro, minha lígua parece presa em grades
as lágrimas se foram,
Só restou afeto entre nós?
Como chegamos todos até aqui?
No fim da linha está o trem,
em cada vagão escuro, morre e nasce uma esperança.
Posso acreditar, acreditar até posso que
estou em cada vagão
vivendo e morrendo!

Bip.

Deixe o seu recado após o bip:

Biiiiip

Favor deixar seus beijos no sol, por que ultimamente eles
estão meio frios e, favor pelo amor de Deus as meias
são perto da tv e não no guarda-roupa,
falar em guardar, guarda meu amor na caixinha de moedas
Talvez ele se multiplique igual a elas, falar nisso as moedas
começaram a sumir; Não sei se vou passar hoje aí meu bem ,
mas qualquer coisa leia esta mensagem debaixo da porta,
não chute o papel, é detestável esse seu hábito,
eu a adoro e amo.

Beijos.

Ao destinatário inexistente.

Esta é uma carta com muito a dizer, espero que esteja legível.
Pois bem, como se sabe somos capazes de amar muitas pessoas independente de como sejam, quer sejam feias, baixas, bonitas, interessantes ou não.
Meu caro Senhor, como sofre este pobre peito sonhador que não tem sonhos próprios.
Este vive a mercê de outros sonhos, vagando em diferentes mundos e amores. Eis que uma névoa lhe cai sobre o rosto e ele adormece por anos, estando o coração assim ''morto'' eu vagava nessa atmosfera mórbida e indecente. Mas uma dia não sabendo andar a trilha de um caminho diferente, deparei-me com uma moça de boca e olhos alarmantes, cabelos e vestido ao vento.
Perguntei-lhe aonde eu estava e ela virando-se devagar me tocou nos dedos me trazendo para junto dela, pude sentir o frescor do orvalho vindo de suas vestimentas, quis leva-la para casa e fazer dela minha dama. Porém no dedo trazia uma aliança linda, e claramente grande para seu fino dedo; E ao me entregar disse:

- Me é tão preciso, é só o que tenho, é só o que posso lhe dar para que saia desse lugar antes do anoitecer...

No meu descuido a aliança caiu de minha mão e ao recupera-la olhei ao meu redor e estava eu lá, imerso...
e só.

Não é fácil andar num lugar desconhecido, mas, o mais interessante é saber como eu estava lá, eu que nunca saia de casa, nunca ficava na rua antes do sol esconder-se, eu que não entendia aonde ia, só o que me restava era achar a moça ou talvez a saída. Meus olhos pesavam de medo e meu corpo cansado e velho latejava, cheguei a um estranho lugar muito escuro, onde havia somente uma lamparina acessa e um homem dormindo numa cadeira , já era tarde e aquela floresta era fria, profunda. Acordei o pobre homem, que, quando me viu encarou o relógio e disse-me:

- O que o senhor faz aqui? - Ele parecia um homem bom, mas talvez nem tanto. Prosseguiu aproximando-se - Não é um bom lugar para se estar, acho que o senhor sabe muito bem disso.

Colocou uma voz grave no final a fim de pôr-me medo, mas eu já não estava, ajustei os óculos e vi a moça agora sentada na cadeira acariciando um gato quieto, ela olhava calmamente a situação.
Tentei explicar ao homem que não sabia como havia parado ali e que andei muito, que estava cansado e com fome logo o homem viu que eu não mentia e hospedou-me em sua casa que não ficava longe de onde estávamos. A casa era bem cuidada, sua posição era perfeita para ver o sol de manhã; O homem apresentou-se como Zarpheus , ele logo mostrou a casa, os aposentos e depois sua filha Nadine, como era bela e delicada pensei em silêncio, apenas dei a ela um leve sorriso de agrado. Zarpheus me contou histórias , entre elas o desaparecimento de sua esposa que foi repentino e doloroso, Nadine tinha somente cinco anos quando isso ocorreu. Dor no peito, algo acordou dentro de mim.

Acordei tão cedo que o sol apressou-se para que eu o visse sair, e que visão do paraíso, da janela se via a bela paisagem das árvores secas, as folhas verdes, um caminho de terra. Senti uma pontada súbita no coração, encostei-me no primeiro objeto que vi, falta de fôlego e a pergunta girava em minha cabeça onde está o ar?
Casa de ponta cabeça, eu sentia que estava caindo em câmera lenta e vendo Nadine nos meus olhos em minha frente. Ao despertar tive uma visão completa do ambiente e isso me deixou mais calmo, pude encontrar ar na minha alegria de estar vivo, percebi que alguém entrava então fingi que dormia, escutei o barulho dos sapatos, um ranger leve de pratos, colher e acho que ele batia com frequência no copo, depois alguém senta na cama, me acaricia os cabelos, um cheiro familiar, era Nadine. Continuo duro, imóvel, vontade de ser vinte anos mais jovem, mas não daria, ela fala baixo, levanta e vai andando, abro um olho, depois o outro e ela está na janela, olhando fixamente para fora e sem excitar me disse calma:

- Sabia que estava acordado.

Obs: Este é um texto incompleto sem data para ser terminado,
antigo e particularmente um xodó.

Rima.

Quando se gosta não se fala o contrário
Digo que te gosto sem você me gostar
Quando você está por perto não se fala em horário
Eu quero deixar no seu mar o meu amor lendário
Por favor deixe eu me apaixonar pela sua idéia
de esquecer que existe mundo e calendário
Me afogar em suas palavras ditas e ao céu lança-los.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os sopros dos ventos.

É incrível como estive procurando sua voz em todas as vozes
e só consegui ficar em paz quando ouvi sua voz novamente
Os sopros dos ventos em todos os lugares, eles me dizem baixinho
o que não devo dizer, eles me acalmam quando só conseguia sentir
saudades dos seus lábios,
me fazem parar de sentir sua falta, e o medo de inventar estar aí
contigo de novo;
como queria leva-lo para o meu lugar e olhar seus olhos fitando o
pôr-do-sol, o corpo dentro dentro do alaranjado do céu...
Outra vez me sopram os ventos dizendo que tudo isso não é
possível no momento.

Olhar de perto.

As ruas gritam,
é o inferno.
Sufocaste os dias amenos,
e deixas-te passar devagar
seu rio de olhares sobre mim.
Sentada a observar,
onde eu guardei a inocência?
O café tem um aroma tão estimulante...
Por que quando se cresce por fora
Se perde o pudor por dentro?
As ruas agora choram,
elas se demoram e me devoram,
tão vazias,
eu me esvaziei do seu afeto.
Sentada observo o toque dos seus
dedos a dedilhar uma canção,
Cruzando os horizontes,
as xícaras de porcelana sobre a mesa
são as mesmas,
Porém...
Nossos olhares não!


feito em 25/12/2008

Desabafos no escuro.

Hoje completa-se mais um ano vivendo do ócio e pelo ócio, hoje que deveria trazer lágrimas de alegria carrega lágrimas de um fardo; essa dor que eu sinto congela, confunde e distrai ou destrói a alma, eu escrevo no escuro e me agrego a ele. Os tempos se tornaram difíceis, os anos passaram e nada mudou, mudaram-se os costumes, religiões, hábitos, sentimentos...
Porém aquela velha dor não passa, ela dorme e ela permanece
as vezes em segredo as vezes notada confesso, é mais um fim de ano sem trazer tanta alegria a minha mente, ''A Pessoa Querida'' que agradeço por tentar me ajudar, me entender, aconselhar-me e desejar profundamente o meu bem.
''A Pessoa Distante'', a única que acho que ainda amo, que sabe que sinto falta, que vê que venho mudando, acho que já não me compreende, mas eu a considero bastante para precisar de seu beijo a cada noite.
feito no dia 17/12/2008

domingo, 24 de maio de 2009

Uma vida supostamente sua













Seu desejo de morte, suas fantasiosas cartas suicidas.
Os dedos dos pés acariciando a perna numa impaciência infernal.
Sua letra pequena e falsa personalidade astuta, seus falsos seios, seu falso rosto coberto por tanto pó e lápis.
Suas estranhas rimas e dispensáveis versos.
Sua falta de caneta sufocada pelo pobre lápis.
Sua rotina de merda, igualando-se a sua vida.
Oh, mas Deus eu não desejo o inferno, mas só quero dormir eternamente.
E que os vermes devorem esta carne quando estiver debaixo do chão,
na cama desconfortável, debaixo de sete palmos.
Acima o que se vê é muita areia, em baixo mais terra e dos lados sussurros,
esta paranóia constante...
Vocês não cansam de me assistir como um filme?