segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Paro para respirar um pouco e acabo por fechar os olhos, pra que faço isso? Me perco dentro de mim.
Todas as noites sonho algo irreal, mas já me acostumei. Sinto o acariciar da madrugada vindo abrir uma por uma cada lembrança do que houve nessa semana, ou apenas hoje. A brisa segura minha mão e me guia por um lugar branco, onde em telas vê-se um esboço confuso, cada quadro é mais estranho do que o outro, porém quando estávamos perto do que eu achava ser o final, noto que já reconheço alguns rostos e sorriu. Assusto-me ao ver que os quadros logo se movimentam, me fazem lembrar em flashes alguns acontecimentos antigos. Aquele garoto que sempre gostei na escola, (que nunca tive chance) a timidez extrema, as fugas da arguição, lutas diárias para enfrentar o chuveiro frio e o sono pesado para ir ao colégio. Mais a frente vejo minhas férias no interior, cercada de verde. Lembro-me de crescer e continuar a mesma pessoa abusada, no entanto menos grossa. Vejo os problemas, e as poucas soluções. Lá na frente me deparo com amigos, farras, desilusões, paixonites, ficas, um namoro, fins de ano... e bom, também vi a solidão, o desatar de mãos, recordei as lágrimas, e bons momentos com várias pessoas, e outras pessoas que conheci através das que me faziam/fazem bem.
Foi aí que abri os olhos de verdade e me deparei com o mesmo teto branco que espera que eu vá dormir, este que realmente só dorme quando durmo, que sabe o quanto é difícil fechar por fim os olhos. E dormi, perdida nisso tudo, perdida apenas...
Como sempre.

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