sábado, 14 de novembro de 2009

Esboço de lembranças

Deslizei sobre a cama desconfortável, fechei os olhos e o preto por trás das pálbebras me convidava a ficar mais tempo de olhos congelados, lembro como minha garganta dá um nó, quase que quebrável, quando escuto as músicas que a letra, o som e todo o conjunto de memórias vagas me vem como num sonho, na verdade elas estão lá guardadas, e vem num choro alegre, transparecendo quando escuto a voz bonita do cantor, quando sinto que estou indo com ele, na vibe livre. Deixando que o vento me leve, as luzes coloridas no palco me cegam, e é quando volto, submerssa pelas coisas vivas que vivi, os chiados do fone de ouvido parecem chuva, isso me arranca um riso. Eu não sei o que dizer quando chove nos sonhos, mas sei que é quando preciso chorar, e voltar a ver o vestido vermelho dançar envolto no corpo da menina, ver as bonitas bordas formando borboletas que se escondem nas flores. Há um caminho que me impede de ver o sol, mas eu sigo nesse filme sem fim, sem roteiros ou rótulos, continuo seguindo na estrada que não conheço, as estrelas continuam a falar baixo demais, eu sussurro que não as consigo ouvir...
Acordar desse mesmo sonho sempre me cansa, no teto do quarto as estrelas vigiam meu sono perdido, descansam sobre meu olhos, e voltam a querer que eu durma e sonhe, que eu volte a me perder dentro de minhas lembranças.

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