terça-feira, 24 de novembro de 2009

Relógio Mudo.




A suprema corte levanta-se no recinto,
O relógio falante soluça sentimentos de culpa
Todos sabem que ele é o culpado,
Este por sua vez faz gestos e indaga desculpas,
- Mas não despertar o rei e a rainha na hora certa é um suplicio.
Dito isto o relógio desanda em soluços novamente,
A bussóla se orienta para achar um castigo á altura,
Todos mantiveram-se calados a espera do veredito,
O relogio não falaria mais, tocaria e tocaria.
Imediatamente fôra retirada a fala do relógio não falante...
O reino segue em paz,
Mas e o relógio?
Triste pela eternidade, triste pelo descontentamento,
pesado pelo seu lamento,
Mas o reino continua em paz,
O relógio deveria ter o mesmo sentimento,
Se não fala também não sente.

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