quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Sinto que enquanto estou em silêncio meu pensamento trabalha um pouco louco, sinto que o mundo todo vai parar dentro de você, ou que ele percorre por dentro de suas veias, você está tão presente em minha mente que já não consigo guardar os nomes das pessoas, os dias da semana, desaprendi a aprender pequenas coisas, como não saber fazer o café, ou não conseguir arrumar a cama, não encontro as coisas que guardei a cinco minutos atrás, e a culpa é sua, poderia me dar descanço de sua voz em meus ouvidos e seus olhos preenchendo minhas loucuras. Eu preciso de um tempo longe, e gostaria que tivéssemos uma conversa franca sobre isso, porque tudo pode ser resolvido numa conversa, só ter calma e paciência...
Não consigo mais olhar o telefone ou qualquer coisa a minha volta, meus cabelos ainda estão cheios dos seus afagos, e depois de ligar para você sugerindo uma conversa eu compreendi que nem tudo se resolve falando francamente, o que é uma verdadeira porcaria. Eu tentei, eu tentei, e agora desisto disso, estarei daqui a alguns dias me mudando desse apartamento odioso, e eu aprenderei a estar são, como já sinto que estou, pelo menos penso que sim por já estar desejando que eu esteja livre de qualquer tortura mental que se remete a ti. Não importa que eu me mude, o lugar que eu sempre irei querer morar é no seu coração. As lembranças serão apagadas, um delete eterno em você, um end para nossos beijos, uma faca afiada para as vezes que eu estiver me traindo pensando novamente em como era bom aquelas momentos em meu quarto, na luz do sol tocando-lhe o rosto e fazendo de suas feições algo angelical, puro e intocável...
Algo que só eu via, e agora estou cego, sem ver-te, sem amar-te.

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