quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pensamentos no escuro.

Estamos no escuro, eu e todas essas vozes que gritam por luz, não sei se canto baixo para que todos os pares de olhos se fechem ou se apenas digo que medo do escuro é coisa de criança, mas elas são crianças. Bom, eu posso entende-las bem, sempre é em suas piores noites, aquelas em que os olhos não querem fechar, embora estejam cansados, ficam assim semi cerrados sem paciência para olhar o teto branco. A vista cansada vaga pelo quarto e vê formas estranhas se movendo no ambiente, a sensação de pavor o sufoca e todo o seu sono passa, mesmo assim você se força a fechar os olhos tendo em mente que o que quer que esteja no quarto não vai chegar até você, não lhe fará mal; mas isso é só uma ilusão, na verdade sabe-se que o que está ali é ruim mesmo não sabendo porque, você não confia na sua tentativa de otimismo, cobre-se com o lençol fino, ainda consegue ver a luz que entra pela janela fazendo sombra na parede, então você percebe que é só a luz do porte e nada mais... Isso deve já ter acontecido com várias pessoas, mas e quando esse fato ocorre com frequência? Como se você esquecesse que é a luz dos portes fazendo movimentos nas sombras no quarto? Calma e paciência consigo mesmo é a chave para conseguir não se sentir muito tolo, muito ridículo. Terá sempre alguém que vá segurar minha mão e dizer que está tudo bem, que isso não é tão ruim assim, depois deverá dar uma leve risada, entregando que acha isso bem ridículo, mas se não houver ninguém para segurar minha mão eu irei segurar meus medos, eu mesma vou conseguir, não deve ser tão difícil, talvez a escuridão não seja assim tão ameaçadora quando acende-se dentro de si uma luz eterna, levando embora toda preocupação, repouso junto as crianças na cama, e eu posso ser a luz delas na escuridão, segurando seus pequenos dedos, me sinto tão confiante e menos tola.

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