quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pesadelo.

Escuro, choros pequenos, os braços cortados saiam uma quantidade perigosa de sangue...
- Não acenda as luzes - sussurrou as vozes baixas pela casa.
Com a ajuda dos sentidos procurava água para que a dor acalmasse, liga-se a luz, o braço debaixo da água, que corria louca tentando acalmar os ferimentos, as almas paradas olhavam a menina no canto da cozinha.
- Cortou-se por que? - vinha uma voz doentia fazer Mary encher os olhos novamente.
- Vê o quanto faz mal tuas loucuras? - silêncio agora.
Houve silêncio por um bom tempo, ela voltava constantemente as memorias de dias atrás; todos estavam apreensivos depois de Mary dizer que uma boneca se mexera, que andou até ela, depois disse tê-la visto mais pálida, perguntou a sua irmã se ela não estava vendo, ela calmamente respondeu que não, a boneca se mexe novamente e vai em direção a Mary, fechou os olhos e quando os abriu estava na cozinha, e chorou, não lembrava o que aconteceu depois disso, a memória apagava e ela voltava a si. As irmãs se reuniram para que todas dormissem na sala, nenhuma iria para os quartos porque era lá que Mary via alguma coisa; no sofá ela não iria caber, já tinham duas que iriam dormir nele, olhou para as cadeiras, pensou em juntá-las e dormiria nelas, foi buscar o cobertor no último quarto, sem lembrar que não poderia ir para quarto algum, quando chega lá vê sua mãe com a garganta cortada, falecendo aos poucos, e tudo voltou no tempo, ela se viu no meio do espírito e da mãe sem defesa, pensava ela que poderia cortar o espírito e ele iria embora, quando parou de corta-lo, viu-se toda em cortes...
Início da escuridão, início da história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário