domingo, 24 de maio de 2009

Uma vida supostamente sua













Seu desejo de morte, suas fantasiosas cartas suicidas.
Os dedos dos pés acariciando a perna numa impaciência infernal.
Sua letra pequena e falsa personalidade astuta, seus falsos seios, seu falso rosto coberto por tanto pó e lápis.
Suas estranhas rimas e dispensáveis versos.
Sua falta de caneta sufocada pelo pobre lápis.
Sua rotina de merda, igualando-se a sua vida.
Oh, mas Deus eu não desejo o inferno, mas só quero dormir eternamente.
E que os vermes devorem esta carne quando estiver debaixo do chão,
na cama desconfortável, debaixo de sete palmos.
Acima o que se vê é muita areia, em baixo mais terra e dos lados sussurros,
esta paranóia constante...
Vocês não cansam de me assistir como um filme?


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