segunda-feira, 25 de maio de 2009

Olhar de perto.

As ruas gritam,
é o inferno.
Sufocaste os dias amenos,
e deixas-te passar devagar
seu rio de olhares sobre mim.
Sentada a observar,
onde eu guardei a inocência?
O café tem um aroma tão estimulante...
Por que quando se cresce por fora
Se perde o pudor por dentro?
As ruas agora choram,
elas se demoram e me devoram,
tão vazias,
eu me esvaziei do seu afeto.
Sentada observo o toque dos seus
dedos a dedilhar uma canção,
Cruzando os horizontes,
as xícaras de porcelana sobre a mesa
são as mesmas,
Porém...
Nossos olhares não!


feito em 25/12/2008

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