sexta-feira, 29 de maio de 2009

Memórias de um poeta.




Sabe eu não lembro o dia,
só lembro que os pés estavam quentes e o chão frio,
nunca gostei de estar calçado quando me vinham versos de
diferentes lados da mente.
Nunca recordo como foi
dar-te o primeiro beijo, o primeiro presente...
Não sou amante, esses amam demais e eu ainda estou gelado por dentro;

- EU DERRUBEI ÁRVORES NOS DIAS DIURNOS
QUANDO TODOS VIAM E NÃO ME ORGULHO DISSO!

Respiração funda,
gritei isso a um velho que passava,
Ele me olhou naturalmente,
avaliou que eu estava sem roupas de marca e de pés descalços,
barba a fazer e cabelos compridos em descuido, embaraçados;
Virei-me, abri a porta de casa
e lá estavam pés quentes novamente num chão frio,
e todas as lembranças vieram como uma bala,
tão rápidas e dilacerantes...
Eu nunca quis, eu nunca fiz,
eu nunca sorri nem mesmo menti quando precisei.
Corri atrás de fatos que pudesse mostrar que era real o que eu pensei ser,
olhei pela janela e o velho já não estava lá,
Uma intuição corria dentro das veias e o corpo parecia
não estar ligado ao cérebro,
ele fazia o que queria...
Fui ao fundo do apartamento e lá achei,
Eu derreti o coração por você e não lembrava disso
por isso é frio, por não ter mais o que sentir,
a mania de não ter sapatos é sua, e de ter um urso em minha cabeceira
chamado Jorge é seu,
Poucas lembranças numa foto, que não me fazem esquecer-te nunca.


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