terça-feira, 21 de julho de 2009

Algo meu que não me cabe.

Os restos de teus sorrisos. Em moldura estão sobre a mesa. A última coisa que você me deu.
Beijos misturados a lágrimas dilacerantes. A primeira imagem que você me passou, foi que sempre iria me amar. Decepção me toma, penso logo esqueço. Caminho sobre as calçadas duras. Imaginando você sendo meus lençóis. Tentando encontrar as lembranças. Não se preocupe eu apaguei todas. Existem só trapos de você em mim. Estes que não consigo jogar fora. Eu não vejo a parte em que ganho alguma coisa com isso. Não houve mentiras, pequenas e resolvíveis brigas. Olho o relógio central do centro. Cinco horas e o céu desbotando de azul para um laranja vivo. Muito bonito, mas não me atrai muito. Hoje em dia pouca coisa me atrai. Já tentei um outro amor. Mas amores são paixões que queimam e apagam fácil. Pelo menos é isso que se passa em mim. ''Oh foi um roubo'' foi isso que pensei agora, roubaram grande parte dos meus sentimentos. Sou forte o bastante para me tornar inútil para todos. Pensamento idiota. Pareço nunca chegar ao meu destino. Estou pronto agora. A ponte não é tão alta, o sol não vai me queimar por dentro. Mas ele me corrói por fora. E eu caiu em queda livre. Estar fora de casa é assustador. Mas eu estou me comportanto bem . A queda é rápida . Sou puxado por cordas para poder pisar num chão firme. Não quero sentir firmeza de nada. Gostaria de apenas dormir eternamente e, quem sabe acordar sentado em uma nuvem de algodão doce.

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