domingo, 26 de julho de 2009

Meu amanhecer.

Dois pingos na mesa: leite e café...
Um rastro não consciente de açúcar,
A xícara com marca do batom vermelho,
O resto de suco gelado agora quente,
Quente como as torradas prontas para degustação,
Já passadas pelo abate.
Travesseiros macios espalhados pelo chão,
Ritmos e cores na televisão,
Portas e portões abertos;
Pasta de dente pressionada na metade sem tampa,
Escovas: de dente, de cabelo, do sanitário, tudo fora do lugar,
chuveiro ligado, água fria.
Pegadas de lama no banheiro,
Janelas e cortinas fechadas no quarto,
Cama arrumada com a colcha escrita em japonês,
varanda pequena com uma rede armada,
jarros quebrados, areia e plantas espalhadas
nos cantos das paredes brancas, vista para o mar,
A sala de estar tem vista para a cidade e por fim,
um vendaval de idéias que bagunçam minha mesa, meu banheiro,
meus jarros, que bagunçam a mim,
É isso simplismente todos os dias de manhã.

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