sábado, 6 de junho de 2009

Ela.




Viajei eu, nesses dias, num mundo paralelo e imaginário.
Pairava sobre os olhos dela a calma, o piano arranhando notas, os convidados sentados conversando exaltados sobre a noite.
Abre-se as cortinas vermelho sangue, o silêncio é cortado por sua voz que
entra cantando junto ao piano branco;
não vou apagar aquela imagem, a memória vivia apagando as coisas,
porém dessa vez deixou-me recordar ela.
Pouco a vi e não me desfaço da lembrança
Anjo sem asas, penso que flutua enquanto simplismente anda.
Adoráveis lábios, os olhos contornados de preto percorrem o salão.
Ela deito-se no chão,
encerra-se a música...
Enquanto deita seus cabelos ruivos abriram-se em leque
espalhados, vivos!
Sussurrei a ela:
- Vos digo que este foi o sonho mais perfeito em regozijo pleno.
Ela, olhando-me fundo nos olhos, deu um pequeno sorriso de agradecimento,
O piano arranha as mesmas notas novamente
mas agora estavam todos calados, cada um a recordar aquele
esboço de algum desenho delicado.

3 comentários: